quarta-feira, 31 de março de 2010

GRUPO C - ESLOVÊNIA, INGLATERRA, ESTADOS UNIDOS, ARGÉLIA

ESLOVÊNIA



Talvez a maior zebra europeia a disputar a Copa do Mundo de 2010, a Eslovênia chega a seu segundo Mundial (esteve também em 2002) depois de deixar pelo caminho seleções de mais tradição, como República Tcheca, Polônia e Rússia (rival da repescagem).
Uma das seis repúblicas que formavam a antiga Iugoslávia (junto a Sérvia, Montenegro, Croácia, Bósnia e Macedônia), a Eslovênia não costumava contribuir muito para as seleções iugoslavas. Apesar disso, toda a comissão técnica comandada pelo treinador Matjaz Kek é eslovena.
Desprovida de grandes craques internacionais (os maiores destaques jogam em times médios e pequenos de Alemanha e Inglaterra), a Eslovênia baseia seus trunfos na força do grupo. Nas eliminatórias, foram sete vitórias, dois empates e três derrotas.

INGLATERRA



O dia 14 de novembro de 2007 tem um significado especial para os ingleses. Não há algum feriado nacional ou uma data importante para a corte. Foi a partir daí que o English Team, então combalido e ridicularizado sob comando de Steve McClaren, começou a se reerguer. Muito graças à chegada do técnico Fabio Capello. O italiano foi o principal responsável para desviar o foco da não classificação para a Eurocopa do ano seguinte, como também formou um time competitivo e que chega ao Mundial bem cotado.
Além do treinador, que já anunciou aposentadoria após a Euro-2012, Rooney também teve sua parcela de méritos. Ao lado de Gerrard e Lampard, o atacante se firmou entre os melhores do mundo na sua posição e pode levar a Inglaterra ao menos a uma semifinal de Copa, o que não ocorre desde 1990. A geração também conta com talento no setor defensivo, com a dupla de zaga Terry e Ferdinand. A desconfiança está dentro das áreas: Foster ainda não se firmou no gol do Manchester United e Heskey é um centroavante de altos e baixos.
O convívio com a lesões, refletido no amistoso contra o Brasil, também pode ser um diferencial negativo. Embora nem a longa campanha nas eliminatórias tenha revelado essa fraqueza, quando terminou o Grupo 6 com nove vitórias e apenas uma derrota.

ESTADOS UNIDOS



Em 2009, os EUA conseguiram sua maior façanha dentro do futebol, esporte ainda pouco praticado em solo americano. Ao chegar à final da Copa das Confederações, vencida pelo Brasil, a seleção do Tio Sam alcançava sua primeira decisão de uma competição internacional. Se o vice causou uma certa decepção no país, que chegou a estar vencendo os brasileiros por 2 a 0, o fato serviu de cartão de visitas da equipe para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, seu sexto Mundial seguido.
Nas eliminatórias, garantiu a classificação sem muitos problemas. Em 18 jogos, foram 13 vitórias, dois empates e três derrotas. Os resultados encheram os torcedores de confiança para a Copa. Até hoje, o melhor desempenho foi em 1930, quando terminaram em terceiro lugar.
O craque do time continua sendo Landon Donovan, que, depois de passagem pela Alemanha, é companheiro de Beckham no L.A. Galaxy. O técnico Bob Bradley tem dois problemas em seu time titular para o Mundial. O atacante Charlie Davies sofreu grave acidente de trânsito e quase morreu. O jogador sofreu várias fraturas, incluindo duas na perna direita, e uma ruptura na bexiga e passa por lenta recuperação. O zagueiro do Milan Oguchi Onyewu também passou por cirurgia no joelho e luta para estar pronto para o Mundial. O treinador ainda acredita, e, se forem convocados, são presença certa.

ARGÉLIA



A preocupação com a segurança é impressionante, menos pela violência urbana, praticamente inexistente, e muito mais pelo terrorismo. Grandes ataques nas últimas décadas levaram medo à Argélia e provocaram o êxodo de milhares de pessoas. A consequencia disso foi o surgimento de uma geração de argelinos nascida no exterior.
Alguns deles estarão em campo representando o país na Copa do Mundo da África do Sul. Nas últimas convocações da seleção, 15 jogadores “estrangeiros” foram chamados. Não se trata de naturalização ou de oportunismo, mas de pessoas que simplesmente não tiveram o direito de nascer em seu próprio país.
É o caso de nomes importantes como Mansouri, capitão do time, Meghni, do Lazio, Ziani, do Wolfsburg, e Ghezzal, do Siena, todos filhos de imigrantes que se mudaram para a França. A antiga metrópole está a apenas duas horas de avião e atrai muitos argelinos em busca, principalmente, de prosperidade ou segurança.

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