sábado, 1 de maio de 2010

GRUPO H - ESPANHA, HONDURAS, SUIÇA, CHILE

ESPANHA



A Copa de 2010 representará para a Espanha a oportunidade de inserção no grupo de potências mundiais do futebol. Famosa pelo histórico de "amareladas" ao longo dos Mundiais, a Fúria espera manter a boa imagem conseguida com o título da Eurocopa de 2008 e com a campanha 100% nas eliminatórias. De quebra, há ainda a liderança no ranking da Fifa.
Os espanhóis já viveram situação parecida nos anos 60. Campeões europeus em 1964, eles chegaram com pompa de favoritos à Copa da Inglaterra, em 1966, mas acabaram eliminados ainda na primeira fase. O desempenho na Copa das Confederações de 2009 reforça o grau de preocupação, uma vez que a Espanha foi despachada pela seleção dos Estados Unidos e suou para ganhar o terceiro lugar da África do Sul.
O técnico Vicente del Bosque, que assumiu após a saída de Luis Aragonés, campeão da Euro, fez poucas mudanças na equipe. O treinador, apesar de muito ligado ao Real Madrid, vem resisitindo à pressão que parte da mídia local ainda faz pela convocação de Raúl (o queridinho do Real já havia sido preterido por Aragonés durante a campanha da Euro-2008.

HONDURAS



Em tempos de crise política no país, o povo de Honduras foi às ruas para comemorar a classificação para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. A festa foi tanta que o dia 15 de outubro foi declarado feriado nacional. Mas os torcedores hondurenhos, que não veem sua seleção em um Mundial desde 1982, sabem que não devem esperar muito do time no Mundial.
Nas eliminatórias, conseguiram boa campanha, com 10 vitórias, dois empates e seis derrotas. A equipe do técnico Reinaldo Rueda é rápida e aposta nas subidas ao ataque para surpreender na África do Sul.
Os dois atacantes são os principais nomes do time, praticamente desconhecido. David Suazo, do Genoa, é o astro da seleção. Ao seu lado está o veterano Carlos Pavón, maior artilheiro da história de Honduras, com 56 gols, sendo um deles o da vitória sobre El Salvador, que deu a classificação ao país.

SUIÇA



Longe de ser uma das seleções de ponta da Europa, a Suíça tenta na África do Sul reeditar ao menos sua melhor campanha em Copas do Mundo. O país chegou por três vezes à fase de quartas de final, a última delas em 1954, quando foi anfitriã do Mundial.
A campanha nas eliminatórias pode até ser considerada animadora: em dez jogos, os suíços venceram seis, empataram três e perderam um (derrota surpreendente para a inexpressiva seleção de Luxemburgo). O time nem sequer precisou ir à repescagem para carimbar o passaporte (liderou o Grupo 2).
O maior destaque da seleção suíça está no banco de reservas: trata-se do técnico alemão Ottmar Hitzfeld, campeão da Champions League por clubes como Borussia Dortmund e Bayern de Munique. O treinador assumiu após a pífia campanha na Euro-2008 (caiu na primeira fase) e botou ordem na casa.
É defesa sempre. Já foi às oitavas em 2006. Ganhou Mundial Sub-17 com uma equipe renovada. Mas a Copa vai ser uma competição ofensiva, para frente, e a Suíça foge desse padrão.

CHILE



O início da campanha chilena para ir à Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, não foi das mais animadoras. Na estreia, em casa, a seleção perdeu para a Argentina por 2 a 0 e decepcionou a torcida. Em quatro jogos, foram duas derrotas, um empate e apenas uma vitória. O polêmico técnico argentino Marcelo Bielsa chegou a ser contestado, mas foi por pouco tempo. Logo, ganhou a confiança dos torcedores e o controle do time.
A volta por cima começou na vitória por 2 a 0 sobre a Bolívia, fora de casa. A partir daí, a seleção chilena passou a empolgar a torcida, com resultados positivos contra Argentina e Paraguai, e derrotas apenas para Brasil (duas vezes) e Equador. No fim, garantiu a classificação à Copa com folgas, em segundo lugar nas eliminatórias sul-americanas.
Jogando um futebol solto e ofensivo, a seleção chilena vai tentar surpreender na África do Sul. Longe das Copas desde 1998, na França, quando foi eliminado pelo Brasil nas oitavas de final, “La Roja” aposta em seu ataque, o segundo mais positivo nas eliminatórias, atrás apenas do brasileiro (32 contra 33 do Brasil). Nos últimos jogos, Bielsa alternou entre os esquemas com dois e três zagueiros, com maior preferência pelo último, liberando os alas.
O ídolo da torcida, no entanto, está no gol. O capitão Cláudio Bravo é praticamente uma unanimidade no país e tem a confiança de Bielsa. Os atacantes Sanchez e Suazo também brilharam, mas a principal aposta é no ex-palmeirense Valdivia. Atualmente nos Emirados Árabes, o meia demorou para ganhar espaço no time, mas parece ter conquistado moral com o técnico. Vai disputar posição com o habilidoso Matias Fernández, do Sporting, de Portugal

GRUPO G - BRASIL, CORÉIA DO NORTE, COSTA DO MARFIM, PORTUGAL

BRASIL

BRASIL É BRASIL PORRA!!!!



CORÉIA DO NORTE



Foram 44 anos de espera. Com apenas uma experiência em Copas - uma surpreendente classificação às quartas de final em 1966, eliminando a Itália pelo caminho -, a Coreia do Norte vai à África do Sul sob a mesma incógnita com que disputou o Mundial na Inglaterra. Sem ter enfrentado nenhuma das outras seleções que vão ao Mundial nos últimos anos, a não ser as do continente asiático, a equipe norte-coreana vai credenciada pela ótima campanha nas eliminatórias: em 16 jogos, foram nove vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas.
No caminho, a Coreia do Norte deixou para trás seleções de maior tradição, como Arábia Saudita e Irã. Dona de um futebol defensivo, a equipe norte-coreana joga pelo resultado, sempre fechada na zaga, em busca de contra-ataques. O técnico Kim Jong-Hun varia entre os sistemas 4-5-1 e 4-4-2.
O craque do time é o meia-atacante Hong Yong-Jo, que joga no FC Rostov, da Rússia. O jogador, que, dependendo do esquema, pode ser escalado no meio ou no ataque, é o principal motor ofensivo da equipe. O atacante Jung Tae-Se, do Kawazaki Frontale, do Japão, é o homem de área da seleção.

COSTA DO MARFIM



A África classificou para o seu Mundial quatro de suas camisas mais fortes - Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões. Mas entre elas, a laranja da Costa do Marfim parece estar ligeiramente à frente das outras. Em conversas com jornalistas, técnicos e jogadores do continente, a maioria coloca a turma do atacante Drogba como a número um no momento. E se você acompanha os campeonatos europeus, especialmente o Inglês, há de entender o porquê.
Nenhuma outra seleção africana tem tantos jogadores em times de ponta. Puxam a fila Drogba e Kalou, do Chelsea, Yaya Touré, do Barcelona, Eboué, do Arsenal, e Kolo Touré, no Manchester City após sete temporadas nos Gunners. E ainda há marfinenses no Sevilla, no Stuttgart, no Hamburgo e no Galatasaray. Ao menos no papel, não há elenco tão forte no continente.
Mas o problema da Costa do Marfim é justamente passar da teoria à prática. Na primeira Copa do país, em 2006, o time até jogou bem, mas acabou em terceiro lugar no grupo que tinha Argentina, Holanda e Sérvia e Montenegro. Depois, em 2008, chegou como grande favorita à Copa Africana de Nações e passeou até a semifinal, quando foi atropelada pelo Egito. A história se repetiu neste ano. Chegou a Angola cheia de pompa, mas caiu nas quartas para a desacreditada Argélia. A eliminação gerou uma crise e Kalou, companheiro de Drogba também, no Chelsea, reclamou que há jogadores com "ego grande demais". O técnico bósnio Vahid Halilhodic acabou demitido e o sueco Sven-Goran Eriksson foi contratado.
Nas eliminatórias para 2010, a equipe nem precisou fazer muita força para se classificar com uma rodada de antecedência. Mas a novidade será se for além. Liderados por Didier Drogba, de 31 anos, os marfinenses provavelmente são a melhor aposta de uma inédita semifinal para a África. Esta é a segunda chance deles - talvez a última, certamente a melhor. Uma grande oportunidade para a geração de ouro do país escrever seu nome nos arquivos da Copa do Mundo.

PORTUGAL



A história de Portugal nas Copas do Mundo é curta e cheia de altos e baixos. O país esteve presente em apenas quatro edições do torneio. Em duas delas, foi semifinalista (1966 e 2006). Nas outras duas, não passou da primeira fase (1986 e 2002). Desta vez, os portugueses contam com um dos melhores jogadores do mundo em seu elenco para tentar voar mais alto: Cristiano Ronaldo.
A campanha nas eliminatórias foi desanimadora no início, mas o time do técnico Carlos Queiroz teve fôlego para reagir e buscar a vaga na repescagem, contra a Bósnia. Cristiano Ronaldo, por sinal, nem sequer foi a campo nos dois jogos mata-mata, por conta de uma lesão no tornozelo direito.
Quem teve papel importante na guinada de Portugal foi o atacante Liedson. Brasileiro naturalizado, o Levezinho, como é chamado pelos lusitanos, estreou num jogo decisivo contra a Dinamarca e fez o gol que decretou o empate por 1 a 1. Outros dois brasileiros de nascimento integram a seleção portuguesa: o zagueiro Pepe e o meia Deco.

GRUPO F - ITÁLIA, PARAGUAI, NOVA ZELÂNDIA, ESLOVÁQUIA

ITÁLIA

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Tetracampeã mundial, a Itália tem na África do Sul a oportunidade de reaver a hegemonia do futebol mundial, perdida para o Brasil desde a Copa de 1970. Uma nova conquista da Azzurra a iguala aos brasileiros como recordista de títulos mundiais: cinco.
A exemplo do que aconteceu ao longo de toda a sua história, a Itália não apresenta uma equipe brilhante em termos de valores individuais. Depois de penar para se classificar para a Euro-2008 e de fazer feio na competição, o técnico Roberto Donadoni foi demitido e Marcello Lippi, campeão mundial em 2006, foi reconduzido ao comando.
Nas eliminatórias para a Copa do Mundo, os italianos classificaram-se sem maiores sustos, invictos no Grupo 8 (sete vitórias e três empates). A campanha na Copa das Confederações de 2009, entretanto, foi desanimadora: eliminação na primeira fase, com direito a derrota para o Egito e goleada diante do Brasil (o time de Dunga fez 3 a 0 na Azzurra).

PARAGUAI



Não fosse um tropeço inesperado para a Colômbia, na última rodada, em Assunção, e o Paraguai terminaria as eliminatórias no topo, à frente de Brasil, Chile e Argentina, um fato inédito na América do Sul. De qualquer forma, os 33 pontos conquistados com a classificação antecipada, sendo dez diante do trio, comprovam que a seleção é a mais forte da última década, o que é refletido na confiança do povo.
O time tem segurança na defesa e as opções no ataque são Santa Cruz, Valdez e Cardozo. A lamentação ds paraguaios é a falta de um "camisa 10". Nada que não possa ser contornado com um esquema baseado no futebol coletivo montado pelo treinador Gerardo Martino, auxiliar de Marcelo Bielsa no início da carreira e, assim como “El Loco”, idolatrado.

NOVA ZELÂNDIA



Em um país onde existe apenas um time profissional de futebol, uma classificação à Copa do Mundo é um feito e tanto. Vinte e oito anos depois de participar de um Mundial pela primeira vez - jogou na Espanha, em 1982-, a Nova Zelândia, conhecida no esporte pelo rúgbi, se beneficiou da ida da Austrália para as eliminatórias asiáticas e vai à África do Sul.
O caminho até a segunda Copa não foi dos mais complicados. Enfrentando seleções praticamente amadoras como Fiji, Vanuatu e Nova Caledônia, a Nova Zelândia avançou à repescagem para enfrentar o Bahrein, que veio das eliminatórias da Ásia. Depois de um empate em 0 a 0 fora de casa, conseguiu uma vitória simples em Wellington. O goleiro Mark Paston defendeu um pênalti do Bahrein no segundo tempo e se transformou em ídolo local.
O jogador mais rodado é o grandalhão Chris Killen, do Celtic, da Escócia. É a referência do time no ataque, mas não é de fazer muitos gols: em dois anos de time escocês, marcou apenas dois. Os destaques do time, no entanto, são outros: o habilidoso meia Leo Bertos e o atacante goleador Shane Smeltz, eleito melhor do país nos últimos dois anos.

ESLOVÁQUIA



Estreante em Copas, a Eslováquia surpreendeu ao liderar o Grupo 3 das eliminatórias europeias e por consequência eliminar sua mais badalada irmã República Tcheca. Após a dissolução da Tchecoslováquia, em 1993, os tchecos estiveram presentes em todas as Eurocopas e ainda disputaram o Mundial de 2006, na Alemanha. Os eslovacos só agora começam a ter destaque.
A campanha nas eliminatórias teve sete vitórias, um empate e duas derrotas. Jogadores como o zagueiro Skrtel, do Liverpool, e o meia Hamsik, do Napoli e pretendido pelo Chelsea, despontam como destaques da equipe eslovaca. Sestak, do Bochum, autor de seis gols nas eliminatórias, foi o artilheiro da equipe no torneio.
Após as eliminatórias, a Eslováquia esteve regular nos dois amistosos que disputou, ambos em casa: primeiro venceu os Estados Unidos (1 a 0) e depois caiu diante da seleção chilena (2 a 1).

sexta-feira, 23 de abril de 2010

GRUPO E - HOLANDA, DINAMARCA, JAPÃO, CAMARÕES

HOLANDA



A conquista da Eurocopa em 2008 pela Espanha não atingiu diretamente a Holanda, mas a deixou “sozinha” com um estigma nada agradável: a de que nada, nada... e morre na praia. Sobretudo após goleadas sobre Itália e França, na primeira fase, até ser eliminada pela Rússia nas quartas de final da competição.
É exatamente nessa mistura de otimismo com a boa fase da seleção e com certa desconfiança na qual se encontra o povo holandês. Apesar de não marcar gols nos últimos cinco jogos, sendo os três recentes empates por 0 a 0, a equipe do técnico Bert van Marwijk não sabe o que é perder desde setembro de 2008, ou há 16 jogos, em um amistoso diante da Austrália. A grande qualidade e até dependência é o setor ofensivo, com destaque para o trio Sneijder, Robben e Van Persie.
O problema é que as estrelas, assim como os “descartáveis”, sofrem constantemente com lesões, o que põe em risco qualquer ambição em alcançar as fases finais do Mundial. A torcida, no entanto, espera ao menos uma campanha melhor do que a de 2006, quando foi eliminada por Portugal nas oitavas de final.

DINAMARCA



O Grupo 1 das eliminatórias europeias era visto como barbada nas casas de apostas. Portugal, de Cristiano Ronaldo, e a Suécia, de Ibrahimovic, largavam, na teoria, alguns passos à frente da Dinamarca, que esteve ausente na Copa do Mundo de 2006 e na Eurocopa de 2008. Mas a seleção escandinava surpreendeu e se classificou de forma direta e antecipada, jogando os lusos para a repescagem.
A campanha, no entanto, não teve grandes atuações coletivas. A aposta de um bom mundial consiste nos talentos individuais dos atacantes Nicklas Bendtner, do Arsenal, Jon Dahl Tomasson, do Feyenoord, e do zagueiro Daniel Agger, do Liverpool. O jovem dos Gunners, inclusive, está a dois gols de se tornar o maior artilheiro da história da Dinamarca, e é apontado como imprescindível no esquema do técnico Morten Olsen.

JAPÃO



Há três anos no Japão, no comando do Kashima Antlers, o técnico Oswaldo de Oliveira define a seleção local como “rápida e habilidosa”. Após uma classificação sem muitos problemas nas eliminatórias, a equipe japonesa quer apagar a má impressão deixada na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, quando saíram ainda na primeira fase em um grupo com Brasil, Austrália e Croácia sem ganhar uma partida sequer.
No Grupo A das eliminatórias asiáticas, o Japão viu a Austrália terminar na frente. Em 14 jogos, foram oito vitórias, quatro empates e duas derrotas, uma para os australianos e outra para o Bahrein.
O técnico Takeshi Okada tem no brasileiro naturalizado japonês Marcus Túlio Tanaka seu homem de confiança na zaga. Do meio para frente, é um time rápido, mas que carece de um goleador. O meia Nakamura, do Espanyol, continua como referência da equipe.

CAMARÕES



Samuel Eto'o tem uma honra que nenhum outro jogador de futebol na história jamais teve: seu rosto é o símbolo oficial de uma Copa do Mundo. A própria Fifa admitiu que se inspirou no camaronês para criar o logo do primeiro Mundial em terras africanas. E se é ele quem estampa o convite, nada mais justo do que ser um dos principais convidados da festa.
Eto'o é daqueles poucos jogadores que chegarão à África do Sul carregando um país inteiro nas costas. Camarões deposita nos pés dele todas as esperanças de reviver seus grandes momentos na Copa do Mundo.
Ao seu lado, terá companheiros experientes, como o ótimo goleiro Kameni, o habilidoso meia Geremi (ambos campeões olímpicos em 2000) e o atrapalhado zagueiro Rigobert Song (já com três Mundiais no currículo). Os quatro formam a base da seleção há quase uma década. Juntos, levaram Camarões ao título continental de 2002 e ao vice na última edição, em 2008. Já fizeram muito, mas costumam sempre deixar aquela sensação de que podem ir mais longe. Especialmente nas Copas do Mundo.

GRUPO D - ALEMANHA, AUSTRÁLIA, SÉRVIA, GANA

ALEMANHA



Rotulada como favorita em qualquer disputa pela tradição de chegada, a Alemanha se apresenta para a Copa do Mundo de 2010 credenciada não apenas pela mística. As campanhas recentes colocam os tricampeões mundiais entre os principais destaques para o Mundial da África do Sul. Depois de ficar em terceiro lugar na Copa de 2006, a Alemanha foi vice-campeã da Eurocopa de 2008, perdendo a final para a Espanha. Nas eliminatórias para 2010, os alemães terminaram invictos no Grupo 4, com oito vitórias e dois empates.
O time comandado pelo técnico Joachim Löw foi renovado nos últimos anos. Jovens como os defensores Beck e Tasci, assim como o meia Ozil, ganharam espaço nas convocações recentes. O atacante Cacau, brasileiro naturalizado alemão, também vem tendo oportunidades na equipe e deve estar no grupo que vai à Copa do Mundo

AUSTRÁLIA



A cada eliminatória, a novela era a mesma. A confederação australiana ia à Fifa e reivindicava um lugar na classificatória asiática, já que para chegar à Copa pela Oceania, os “Qantas Socceroos”, como são chamados os jogadores do país, precisavam passar ainda por uma repescagem. Para o Mundial na África do Sul, a entidade finalmente cedeu, e o país não decepcionou. Garantiu a primeira vaga do continente, deixando o Japão para trás em seu grupo. Em 14 jogos, foram nove vitórias, três empates e apenas duas derrotas.
Assim como em 2006, quando Guus Hiddink foi o treinador, a Austrália vai à Copa com um holandês no comando: Pim Verbeek. A bola alta continua sendo a principal jogada da seleção, mas dois nomes também se destacam pela habilidade com a bola nos pés: Tim Cahill e Harry Kewell. O primeiro, que joga no Everton, da Inglaterra, foi o principal nome da equipe nas eliminatórias, sendo o artilheiro, ao lado de Emerton, com quatro gols.
Já Kewell, atualmente no Galatasaray, da Turquia, alterna bons momentos com outros de pura sonolência em campo, mas foi importante na campanha australiana. Na zaga, o capitão Lucas Neill, do Everton, foi outro destaque na competição, ao lado de companheiros que não se firmaram. Craig Moore, ex-Newcastle, deve ser escolhido por Verbeek como o segundo titular.

SÉRVIA



Graças a fatores políticos, a Sérvia disputará uma Copa do Mundo pela primeira vez sozinha.O elenco, no entanto, segue com qualidade atestada nas eliminatórias europeias. A Sérvia terminou em primeiro, à frente de França, Romênia e Áustria, e contou com destaques como o zagueiro Vidic, do Manchester United, o atacante Zigic, do Valencia, e os meias Krasic, do CSKA, e Stankovic, do Inter de Milão. Este último, inclusive, segue como o craque do time, justamente na posição de Petkovic, famoso em terras brasileiras.


GANA



Se você acompanha o futebol europeu, já conhece Essien, volante do Chelsea, no auge da forma física e técnica. Talvez também saiba quem são os meias Appiah, no Bologna, e Muntari, do Internazionale. E o que eles têm em comum, além de titulares da seleção principal, é a longa experiência com a camisa ganesa. Os três já disputaram o Mundial Sub-20, Essien e Appiah estiveram também no Sub-17. E isso não é apenas coincidência.
A mesma base que eliminou o Brasil do Mundial Sub-17 de 2007 também foi a que conquistou o Sub-20 deste ano, sobre o Brasil. Gana foi campeã e teve o artilheiro e Bola de Ouro Dominic Adiyiah. Destacaram-se também o goleiro Agyei, o lateral Inkoom, os meias Agyemang-Badu e Ayew e o atacante Osei. E, adivinhe, todos já foram incorporados à seleção principal.
Vários deles devem ir à Copa, mas quase todos ficarão no banco. A geração anterior, capitaneada por Essien, ainda tem bola pra jogar. Mostrou isso na Copa de 2006, quando caiu nas oitavas de final para o Brasil. Neste ano, foi até a final da Copa Africana de Nações e caiu para o heptacampeão Egito, ficando com o vice. Ao que parece, pode fazer ainda melhor que 2006 em 2010. Para Gana, o futuro finalmente chegou.

GRUPO D - ALEMANHA

quarta-feira, 31 de março de 2010

GRUPO C - ESLOVÊNIA, INGLATERRA, ESTADOS UNIDOS, ARGÉLIA

ESLOVÊNIA



Talvez a maior zebra europeia a disputar a Copa do Mundo de 2010, a Eslovênia chega a seu segundo Mundial (esteve também em 2002) depois de deixar pelo caminho seleções de mais tradição, como República Tcheca, Polônia e Rússia (rival da repescagem).
Uma das seis repúblicas que formavam a antiga Iugoslávia (junto a Sérvia, Montenegro, Croácia, Bósnia e Macedônia), a Eslovênia não costumava contribuir muito para as seleções iugoslavas. Apesar disso, toda a comissão técnica comandada pelo treinador Matjaz Kek é eslovena.
Desprovida de grandes craques internacionais (os maiores destaques jogam em times médios e pequenos de Alemanha e Inglaterra), a Eslovênia baseia seus trunfos na força do grupo. Nas eliminatórias, foram sete vitórias, dois empates e três derrotas.

INGLATERRA



O dia 14 de novembro de 2007 tem um significado especial para os ingleses. Não há algum feriado nacional ou uma data importante para a corte. Foi a partir daí que o English Team, então combalido e ridicularizado sob comando de Steve McClaren, começou a se reerguer. Muito graças à chegada do técnico Fabio Capello. O italiano foi o principal responsável para desviar o foco da não classificação para a Eurocopa do ano seguinte, como também formou um time competitivo e que chega ao Mundial bem cotado.
Além do treinador, que já anunciou aposentadoria após a Euro-2012, Rooney também teve sua parcela de méritos. Ao lado de Gerrard e Lampard, o atacante se firmou entre os melhores do mundo na sua posição e pode levar a Inglaterra ao menos a uma semifinal de Copa, o que não ocorre desde 1990. A geração também conta com talento no setor defensivo, com a dupla de zaga Terry e Ferdinand. A desconfiança está dentro das áreas: Foster ainda não se firmou no gol do Manchester United e Heskey é um centroavante de altos e baixos.
O convívio com a lesões, refletido no amistoso contra o Brasil, também pode ser um diferencial negativo. Embora nem a longa campanha nas eliminatórias tenha revelado essa fraqueza, quando terminou o Grupo 6 com nove vitórias e apenas uma derrota.

ESTADOS UNIDOS



Em 2009, os EUA conseguiram sua maior façanha dentro do futebol, esporte ainda pouco praticado em solo americano. Ao chegar à final da Copa das Confederações, vencida pelo Brasil, a seleção do Tio Sam alcançava sua primeira decisão de uma competição internacional. Se o vice causou uma certa decepção no país, que chegou a estar vencendo os brasileiros por 2 a 0, o fato serviu de cartão de visitas da equipe para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, seu sexto Mundial seguido.
Nas eliminatórias, garantiu a classificação sem muitos problemas. Em 18 jogos, foram 13 vitórias, dois empates e três derrotas. Os resultados encheram os torcedores de confiança para a Copa. Até hoje, o melhor desempenho foi em 1930, quando terminaram em terceiro lugar.
O craque do time continua sendo Landon Donovan, que, depois de passagem pela Alemanha, é companheiro de Beckham no L.A. Galaxy. O técnico Bob Bradley tem dois problemas em seu time titular para o Mundial. O atacante Charlie Davies sofreu grave acidente de trânsito e quase morreu. O jogador sofreu várias fraturas, incluindo duas na perna direita, e uma ruptura na bexiga e passa por lenta recuperação. O zagueiro do Milan Oguchi Onyewu também passou por cirurgia no joelho e luta para estar pronto para o Mundial. O treinador ainda acredita, e, se forem convocados, são presença certa.

ARGÉLIA



A preocupação com a segurança é impressionante, menos pela violência urbana, praticamente inexistente, e muito mais pelo terrorismo. Grandes ataques nas últimas décadas levaram medo à Argélia e provocaram o êxodo de milhares de pessoas. A consequencia disso foi o surgimento de uma geração de argelinos nascida no exterior.
Alguns deles estarão em campo representando o país na Copa do Mundo da África do Sul. Nas últimas convocações da seleção, 15 jogadores “estrangeiros” foram chamados. Não se trata de naturalização ou de oportunismo, mas de pessoas que simplesmente não tiveram o direito de nascer em seu próprio país.
É o caso de nomes importantes como Mansouri, capitão do time, Meghni, do Lazio, Ziani, do Wolfsburg, e Ghezzal, do Siena, todos filhos de imigrantes que se mudaram para a França. A antiga metrópole está a apenas duas horas de avião e atrai muitos argelinos em busca, principalmente, de prosperidade ou segurança.